Na logística e no setor industrial, a escolha da empilhadeira ideal pode influenciar diretamente a eficiência e a sustentabilidade da operação. Com a crescente preocupação com práticas ESG, além da busca por otimização de custos e segurança no trabalho, é essencial saber quando optar por uma empilhadeira elétrica ou a combustão. Neste artigo, discutimos as vantagens e desvantagens de cada tipo, abordando fatores como segurança, custo operacional, sustentabilidade e impacto na produtividade.

 

Segurança no Trabalho: Exposição a Riscos

Empilhadeiras a combustão, como as movidas a GLP (gás liquefeito de petróleo), representam um risco maior para os operadores devido ao uso de combustíveis inflamáveis. Por essa razão, operadores de empilhadeiras a gás têm direito ao adicional de periculosidade, equivalente a 30% do salário, para compensar o risco envolvido na operação. Este adicional representa um custo a mais para a empresa e reforça a importância de considerar as condições de segurança. Já as empilhadeiras elétricas, que funcionam com baterias, eliminam esses riscos, tornando-se uma opção mais segura para ambientes fechados.

 

Convergência Tecnológica: A Evolução das Baterias de Lítio

As empilhadeiras elétricas têm evoluído significativamente com o avanço das baterias de íons de lítio, que oferecem maior eficiência energética e tempos de carregamento menores. Esse tipo de bateria pode ser carregado de forma rápida e parcial, garantindo que o equipamento retorne ao trabalho com menos interrupções. Em comparação, as baterias de chumbo-ácido exigem mais tempo de carregamento, o que limita a produtividade.

Além disso, as empilhadeiras elétricas necessitam de manutenção a cada 2.000 horas, enquanto as a combustão exigem revisões a cada 500 horas, quatro vezes mais frequentes. Isso significa menos tempo ocioso e menor custo de manutenção, fatores que fazem das elétricas uma escolha vantajosa para operações que buscam maximizar a produtividade e reduzir custos de longo prazo.

 

Custos Operacionais: Combustível e Manutenção

No aspecto financeiro, as empilhadeiras a combustão geralmente possuem um custo inicial mais acessível, mas seu consumo de combustível e a necessidade de manutenção frequente podem pesar no orçamento ao longo do tempo. Em operações de grande porte, o custo com combustível pode ser até 50% maior em comparação com o gasto energético das elétricas. Além disso, o custo médio de manutenção de uma empilhadeira elétrica gira em torno de R$ 500 por revisão, enquanto o custo de manutenção das empilhadeiras a combustão é mais alto devido ao desgaste maior e à necessidade de substituir peças.

 

Sustentabilidade e Impacto Ambiental

Para empresas que adotam práticas de ESG, as empilhadeiras elétricas são a melhor escolha por não emitirem CO₂ durante a operação. Isso não só reduz a pegada de carbono da operação como também contribui para um ambiente de trabalho mais limpo, especialmente em áreas internas. Já as empilhadeiras a combustão emitem poluentes e geram ruído, o que pode ser uma desvantagem em ambientes fechados. Reduzir as emissões e o ruído são fatores que impactam positivamente a qualidade do ambiente de trabalho e estão alinhados às políticas de sustentabilidade.

 

Produtividade e Conforto Operaciona

As empilhadeiras elétricas produzem menos ruído em comparação às movidas a combustão, proporcionando um ambiente mais confortável para os operadores. Em locais onde o ruído precisa ser controlado, como em armazéns e centros de distribuição, essa característica pode fazer uma grande diferença. O menor ruído também melhora a comunicação entre equipes, além de reduzir a fadiga do operador, o que pode impactar positivamente a produtividade e segurança.

 

Vida Útil e Retorno sobre Investimento

A durabilidade também é um diferencial importante. A vida útil de uma empilhadeira elétrica é de aproximadamente 26.000 horas, em comparação com cerca de 10.000 horas para empilhadeiras a combustão. Esse diferencial contribui para o retorno sobre investimento das elétricas, pois adia a necessidade de substituição do equipamento. Com menor tempo de manutenção e maior durabilidade, as empilhadeiras elétricas apresentam um custo total de propriedade mais atrativo para operações de longo prazo.

 

Conclusão: Escolha da Empilhadeira Baseada na Operação e Dados da Telemetria

A decisão entre empilhadeiras elétricas e a combustão depende das especificidades de cada operação e pode ser otimizada com o suporte da telemetria. Em resumo:

– Empilhadeiras a Combustão são mais indicadas para operações externas e de alta demanda energética, onde o reabastecimento rápido é essencial e o investimento inicial mais baixo é um fator de decisão. Com a telemetria, é possível monitorar o consumo e o tempo ocioso, ajudando a manter a operação mais econômica e controlada.

– Empilhadeiras Elétricas são ideais para ambientes fechados e para empresas que valorizam a eficiência, a redução de emissões e o menor custo de longo prazo. A telemetria pode monitorar o uso e a carga das baterias, otimizando a recarga e prevenindo quedas na produtividade, além de contribuir para metas de sustentabilidade.

Empresas que priorizam sustentabilidade e o bem-estar dos operadores encontram nas empilhadeiras elétricas uma escolha alinhada aos valores ESG e ao conforto do ambiente de trabalho. Já em operações onde a resistência e a autonomia para turnos prolongados são críticas, as empilhadeiras a combustão, com monitoramento de desempenho e consumo por telemetria, podem ainda ser a melhor opção.

Em última análise, a telemetria oferece uma visão precisa, que permite tanto escolher quanto utilizar empilhadeiras de modo eficiente, seguro e sustentável, alinhando-se às metas financeiras e ambientais de cada empresa.

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